MÃES
- Psicóloga Camila Nunes
- 10 de mai. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 10 de jul. de 2020
O Dia das Mães é uma data realmente especial (esquecendo seu apelo comercial, não é mesmo?!).

Especial não pelos presentes, almoços intermináveis, propagandas lindas na TV mostrando um único jeito de amar e ser mãe, músicas de homenagem, vendedores de flores nas esquinas e tantas outras coisinhas que encontramos nessa data. Ainda assim, vejo como especial por fazer-nos refletir sobre a complexidade que é o ato de maternar. Faz-nos lembrar que muitas somos mães, mas que todas somos filhas.
Não quero nesse dia falar de maternidade real ou maternidade romântica.
MÃES SABEM O QUE É A MATERNIDADE. Aprende-se a ser mãe sendo e vive-la é cheia de desafios.
Podemos falar dela por vários ângulos, pois como tudo nessa vida, há múltiplos olhares, infindáveis vivências e a maternidade carrega um oceano em si. Aprendemos no dia a dia de maternar a construir e descontruir tantas coisas, num processo que não tem fim.
Considero Mães seres curiosos e a maternidade algo, no mínimo, encantador.
Não conheço uma só mãe que não tenha questões sobre sua maternidade e também não conheço uma só pessoa que não traga suas questões com a própria mãe.
A minha maternidade e os bastidores do trabalho com a Psicologia Clínica me trouxeram um olhar super diferente desse processo de maternar e também de ser filha.
Cada mãe coloca em sua maternidade seu jeitinho especial.
Algumas mais doces, outras mais duras;
algumas preocupadas, outras mais relax;
algumas mais rigorosas, já outras nem tanto;
algumas falam mais alto, outras sussurram;
algumas usam a força física em determinados momentos, já outras nem um tapinha;
algumas deixam tudo e outras nem pensar;
algumas ficam coladinhas a viiiida toda, já outras emancipam cedo;
algumas falam de tudo, outras acham que deve se manter alguns segredos;
algumas perguntam TUDO e outras deixam de saber;
algumas vivem intensamente, já outras são mais amenas;
algumas a vivem, outras vivem deixando de vive-la...
Cada uma a seu modo. E o que penso disso tudo? É que não há filhos perfeitos e nem mães perfeitas. Não existe receita pronta nem um manual a se seguir. O que existe são pessoas em suas complexidades, ambivalências e afetos construindo uma relação de ser mãe e ser filho (a) em uma eterna tentativa de equilibrar numa vida cheia de desequilíbrios.
Feliz Dia das Mães!
Comments